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Assexualidade: Quando a ausência de desejo também é parte da diversidade

  • Foto do escritor: Lelah Monteiro
    Lelah Monteiro
  • 27 de jun.
  • 2 min de leitura

Falar de sexualidade é falar de um espectro vasto de vivências humanas — e a assexualidade é uma delas. Ainda pouco compreendida e muitas vezes invisibilizada, ela representa uma orientação legítima, tão válida quanto qualquer outra.

Neste texto, quero te convidar a olhar para a assexualidade com mais empatia, informação e menos julgamentos.



❓ O que é assexualidade?

A assexualidade é uma orientação sexual caracterizada pela ausência (ou pouca frequência) de atração sexual por outras pessoas. Isso não significa, necessariamente, ausência de desejo afetivo, romântico ou de vínculo.

É importante entender que desejo sexual e desejo de conexão afetiva não são sinônimos — e é justamente nesse ponto que muita confusão começa.



🧩 A diversidade dentro da assexualidade

Assim como em outras orientações, existe um espectro dentro da assexualidade. Alguns exemplos:

  • Assexuais estritos: não sentem atração sexual por outras pessoas em nenhuma situação.

  • Demissexuais: sentem atração sexual apenas após estabelecer uma conexão emocional profunda.

  • Grayssexuais: sentem atração sexual em raras circunstâncias.

Ou seja, ser assexual não é viver sem amor, sem afeto ou sem relacionamentos. É apenas viver de um jeito que não prioriza (ou não envolve) a dimensão sexual como vínculo central.



💭 Mitos e preconceitos mais comuns

Infelizmente, pessoas assexuais ainda enfrentam muitos julgamentos e invalidações, como:

  • “É só uma fase.”

  • “Você ainda não encontrou a pessoa certa.”

  • “Tem algum trauma?”

  • “É problema hormonal.”

Esses comentários ferem, deslegitimam experiências reais e reforçam uma visão limitada sobre o que significa ter uma sexualidade saudável.

A verdade? A sexualidade humana é fluida, diversa e não precisa seguir um roteiro pré-definido.



💬 E os relacionamentos?

Pessoas assexuais podem ou não se relacionar romanticamente. Algumas se identificam como arromânticas (sem desejo por relações românticas), outras como heterorromânticas, homorromânticas, biromânticas, entre outras.

Em alguns casos, há práticas sexuais consensuais, especialmente quando há acordos e comunicação clara entre os parceiros. Cada história é única.

O ponto em comum: o respeito aos limites, à forma de sentir e à autenticidade de cada um.



🌱 Por que precisamos falar sobre isso?

Porque representatividade importa. Porque todo corpo que sente — ou não sente — precisa ser ouvido e acolhido. Porque o silêncio alimenta culpa, vergonha e isolamento.

A assexualidade existe. E quem a vive merece poder se expressar sem medo, com apoio, com informação e com espaço.



✨ Um convite à escuta

Se você se identificou com esse texto, ou conhece alguém que pode se reconhecer, saiba que não está sozinho(a). É possível construir relações afetivas significativas com ou sem desejo sexual envolvido. O que importa é que haja cuidado, respeito e verdade.

E se você deseja conversar mais sobre isso, a psicoterapia pode ser um espaço acolhedor e transformador para explorar tudo isso com segurança. Estou à disposição para te ouvir.

 
 
 

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