Dia do Homem: Uma data para cuidar, refletir e (re)significar a masculinidade
- Lelah Monteiro

- 18 de jul.
- 3 min de leitura
15 de julho é o Dia do Homem no Brasil, uma data que muitas vezes passa despercebida ou é vista apenas como mais uma ocasião comercial. Mas, na verdade, essa data pode (e deve) ser um convite para olharmos para a saúde masculina de forma integral, para questionarmos os estereótipos que aprisionam e para construir uma masculinidade mais leve, saudável e verdadeira.
Homem também sente. Homem também precisa de cuidado.
Quantos homens você conhece que deixam de ir ao médico, adiam exames de rotina ou evitam buscar ajuda psicológica por medo de parecerem fracos?
A masculinidade, construída socialmente como sinônimo de força e invulnerabilidade, muitas vezes afasta os homens do cuidado com si mesmos e com suas emoções. Muitos foram ensinados que “homem de verdade” não chora, não demonstra fragilidade, precisa resolver tudo sozinho e que pedir ajuda é sinal de fraqueza.
Mas isso tem um preço: o isolamento emocional, o aumento do estresse, o adoecimento mental, a dificuldade em construir relações afetivas saudáveis e a resistência em buscar apoio, mesmo em momentos de dor.
O Dia do Homem pode ser um lembrete: cuidar-se não diminui ninguém. Pelo contrário, é um ato de coragem e maturidade emocional.
Saúde física: um ponto de atenção
A data também surgiu como forma de incentivar os homens a cuidarem da saúde física, já que estatísticas mostram que eles vivem, em média, menos que as mulheres e têm mais resistência em fazer exames preventivos.
👨⚕️ Consultas de rotina, exames preventivos, prática de atividades físicas e uma alimentação equilibrada são partes importantes desse cuidado.
Mas saúde não é só física, é também mental, emocional e relacional.
Saúde mental: é preciso falar sobre isso
Homens também sofrem com ansiedade, depressão, esgotamento, medo e inseguranças. Mas, muitas vezes, não falam sobre isso por vergonha ou por não terem aprendido a colocar em palavras o que sentem.
Essa dificuldade de se abrir e de se permitir sentir pode gerar consequências graves, incluindo o aumento de índices de suicídio entre homens.
Por isso, normalizar o cuidado emocional, incentivar espaços de escuta e acolhimento e buscar apoio psicológico quando necessário são partes essenciais de um cuidado integral.
Relações mais saudáveis começam pelo autocuidado
Homens que se cuidam, se conhecem e se permitem sentir também constroem vínculos mais saudáveis.
🔸 Podem demonstrar afeto com mais liberdade.
🔸 Pedem desculpas quando erram.
🔸 Conseguem expressar suas necessidades e escutar as do outro.
🔸 Reconhecem seus limites e sabem que não precisam carregar tudo sozinhos.
Desconstruir o mito do “homem que aguenta tudo” é uma forma de cuidar de si e também das relações ao redor.
O Dia do Homem é para ser celebrado, mas também para ser vivido com responsabilidade
✅ Incentive os homens da sua vida a cuidarem da saúde física e emocional.
✅ Converse sobre os sentimentos com naturalidade, sem julgamentos.
✅ Permita que eles descansem da obrigação de serem fortes o tempo todo.
✅ Reconheça o valor do cuidado e da vulnerabilidade.
Conclusão: Ser homem também é sentir. Também é cuidar. Também é pedir ajuda.
Neste Dia do Homem, meu convite é: Vamos ressignificar o que é ser homem. Vamos construir uma masculinidade que abrace, que sinta, que se permita ser humana.
Porque não existe fraqueza em pedir ajuda, em chorar, em ter medo. Existe humanidade. E ela é necessária para que os homens vivam com mais saúde, liberdade e verdade.
✨ Se você é homem e deseja se conhecer melhor, entender suas emoções e construir uma vida emocional mais equilibrada, a terapia pode ser um espaço seguro para começar esse processo.




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