top of page

Excesso e a Falta Oculta: Desvendando o Que Está Por Trás dos Nossos Comportamentos

  • Foto do escritor: Lelah Monteiro
    Lelah Monteiro
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

Olá! Sou Lelah Monteiro, e hoje quero trazer para a nossa conversa um tema que vejo muito no consultório e que, talvez, você também já tenha percebido em si ou em pessoas próximas: os excessos.


É muito comum focarmos no comportamento em si – o quanto estamos comendo, bebendo, comprando, navegando nas redes sociais ou até mesmo controlando o outro. Mas a minha provocação aqui é: e se esses excessos fossem, na verdade, uma grande pista do que nos falta? 🤔


Sim, muitas vezes, o que demonstramos em excesso na nossa vida é o espelho de um vazio, uma insegurança ou uma necessidade não atendida lá no fundo. É como se o corpo e a mente buscassem preencher um buraco interno com algo externo, rápido e que traga uma sensação momentânea de bem-estar.


O Que os Excessos Podem Estar Escondendo?

Vamos explorar alguns exemplos práticos que ilustram essa conexão entre o excesso e a falta:

  1. Excesso de Pornografia: Se o consumo de pornografia se torna compulsivo, uma busca desenfreada, ele pode estar denunciando uma série de inseguranças. Medo de não performar na vida real, ansiedade em relação à intimidade, ou até mesmo um vício que mascara a dificuldade de se conectar de forma genuína. A tela oferece um escape, mas não resolve a raiz do problema.


  2. Excesso de Ciúmes ou de Controle: Quando a possessividade e a necessidade de controlar o outro dominam uma relação, isso raramente se trata de amor excessivo. Geralmente, por trás, há uma profunda insegurança, um medo de ser trocado(a), de não ser suficiente, de ser abandonado(a). É a sensação de que você não dará conta, de que não é bom o bastante para manter o outro ao seu lado sem controle. Nesse caso, a falta é de autoconfiança e segurança interna.


  3. Excesso de Álcool, Açúcar ou Compras Impulsivas: Sabe aquela compulsão por um docinho depois de um dia estressante? Ou as compras desenfreadas pela internet? Ou o consumo excessivo de álcool? Muitas vezes, esses são mecanismos para anestesiar um vazio emocional. A falta de reconhecimento, uma baixa afetividade, a tristeza ou a ansiedade podem nos levar a buscar essa "dopamina rápida" no externo. É um preenchimento temporário que não trata o que realmente dói por dentro.


  4. Excesso de Exposição nas Redes Sociais: A necessidade constante de aprovação, de mostrar uma vida perfeita, de contabilizar curtidas e comentários, pode indicar uma falta de validação interna. A autoestima fica refém do olhar alheio, e a exposição excessiva se torna um grito por reconhecimento e aceitação, mascarando a insegurança.


O Perigoso Ciclo do Preenchimento Superficial

O problema é que, embora esses excessos possam trazer um alívio momentâneo – uma distração, um prazer rápido, uma falsa sensação de controle –, eles não resolvem a causa original. Pelo contrário, podem criar um ciclo vicioso: a falta gera o excesso, que por sua vez gera culpa, vergonha ou novas frustrações, que realimentam a falta, levando a mais excessos.


É um buraco sem fundo se não olharmos para a sua real dimensão. E é um buraco que não se preenche com nada que seja externo ou que venha rápido.


O Convite para Corrigir a Rota: Olhar para Dentro

Minha mensagem para você hoje é clara: toda falta e todo excesso precisa ser corrigido.


Não se iluda pensando que o problema é do outro, que o tempo vai resolver, ou que a próxima compra, a próxima bebida, a próxima cena vai preencher o que falta. O preenchimento duradouro e saudável começa de dentro para fora.


Para romper esse ciclo, o primeiro passo é a consciência. Pergunte-se:

  • O que eu estou fazendo em excesso na minha vida?

  • Que emoção ou sensação eu estou tentando evitar ou preencher com esse comportamento?

  • Qual seria a verdadeira falta por trás desse excesso?


O segundo passo é a ação. E aqui, muitas vezes, a ajuda profissional é fundamental.


Conversar com um terapeuta não é sinal de fraqueza, mas de coragem e inteligência para buscar as ferramentas certas. Na terapia, você poderá:

  • Identificar as raízes: Entender de onde vêm essas inseguranças, medos ou vazios.

  • Desenvolver estratégias: Aprender a lidar com as emoções de forma saudável, sem precisar recorrer aos excessos.

  • Fortalecer o eu: Construir uma autoestima sólida e uma segurança interna que não dependa de validações externas ou de escapes.


Lembre-se: você não precisa carregar esse peso sozinho(a). Se você sente que os excessos estão controlando sua vida e denunciando faltas que você não consegue suprir, saiba que posso te ajudar a encontrar o caminho de volta para o equilíbrio e o bem-estar genuíno. Permita-se essa redescoberta!


Disclaimer: As informações apresentadas neste texto são para fins de conhecimento geral e reflexão. Não substituem o acompanhamento de profissionais de saúde, como psicólogos ou terapeutas, para questões específicas ou complexas relacionadas a vícios, compulsões ou saúde mental.

 
 
 

Comments


bottom of page