Masturbação Feminina: Um Caminho de Autoconhecimento e Liberdade
- Lelah Monteiro
- há 4 dias
- 3 min de leitura
Maio é conhecido como o mês da masturbação — e, embora o tema ainda gere desconforto para muitas pessoas, essa pode ser uma ótima oportunidade para abrir conversas mais saudáveis, verdadeiras e necessárias sobre o prazer feminino.
Falar sobre masturbação feminina é, antes de tudo, quebrar silêncios. É desconstruir a ideia de que o prazer da mulher deve estar sempre atrelado ao outro ou, pior, que só pode existir com culpa, vergonha ou segredo.
Neste post, vamos abordar a masturbação sob uma nova perspectiva: não como vício, exagero ou tabu, mas como um ato de autocuidado, descoberta e conexão com o próprio corpo.
1. Masturbação feminina não é sinônimo de vício
Ao contrário do que ainda se vê na cultura popular (e até mesmo em contextos médicos mais antigos), a masturbação feminina não está automaticamente ligada ao vício ou a comportamentos compulsivos — como muitas vezes é associada à masturbação masculina.
Para a grande maioria das mulheres, a prática está muito mais relacionada ao autoconhecimento corporal, à diminuição do estresse, à reconexão com o próprio desejo e ao reconhecimento de seus limites e preferências.
E sim, isso é saudável.
2. Se tocar é se conhecer (e isso muda tudo)
Masturbar-se não é apenas buscar um orgasmo. É também reconhecer seu corpo com mais gentileza, atenção e curiosidade.
A maioria das mulheres não aprendeu a se tocar — e muitas cresceram acreditando que sentir prazer sozinhas era errado, sujo ou egoísta. O resultado?
Dificuldade para nomear o que sentem.
Vergonha de explorar o próprio corpo.
Falta de intimidade consigo mesmas.
Mas quando a mulher se permite esse espaço, algo muda: 🌿 Ela entende o que gosta e o que não gosta. 🌿 Aprende a comunicar isso ao parceiro (ou parceira). 🌿 Se sente mais segura, mais presente, mais inteira.
3. Dicas para transformar esse momento em um ritual de presença e prazer
Se você quer se permitir viver esse momento de forma mais consciente e respeitosa com o seu corpo, aqui vão algumas sugestões:
✨ 1. Crie um ambiente confortável
Não precisa de nada elaborado. Um lugar tranquilo, sem pressa, com você em paz com o seu tempo. Pode ser um banho mais longo, uma música leve, uma vela acesa… o que te fizer sentir bem.
✨ 2. Esqueça a performance
Você não precisa seguir um roteiro, não precisa atingir um clímax. Se toque com curiosidade, como quem está conhecendo algo pela primeira vez — sem obrigação.
Toque a pele, explore texturas, perceba sensações. Não apresse nada.
✨ 3. Respeite seus limites
Se em algum momento você sentir desconforto ou vergonha, pare. Observe o que vem. Respeitar os próprios limites também é uma forma de prazer e cuidado.
✨ 4. Não se compare
Cada mulher tem uma experiência única com o próprio corpo. O que funciona para uma, pode não funcionar para outra. A masturbação não precisa se parecer com o que você viu ou ouviu. Ela é sua.
4. Masturbação é liberdade — não obrigação
É importante dizer: ninguém é obrigada a se masturbar. Isso também é liberdade. O convite aqui é: se for para viver esse momento, que seja com consciência, verdade e autonomia.
O prazer não precisa mais estar preso a regras, expectativas externas ou validações. Ele pode — e deve — ser seu.
Seu corpo é seu território. Explore com carinho.
Falar sobre masturbação feminina é falar sobre acesso ao próprio prazer, à autonomia sexual e ao direito de se conhecer. É tirar esse tema do lugar do tabu e trazê-lo para onde ele merece estar: na conversa, na escuta, no autocuidado.
Se você quiser começar (ou recomeçar) esse caminho, comece aos poucos. Sem pressão. Com respeito. Com você.
📌 E se esse tema traz dúvidas, inseguranças ou gatilhos, a terapia pode ser um espaço seguro para explorar tudo isso com acolhimento e sem julgamentos.
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