Desapego: A Coragem de Soltar o Que Já Não Te Cabe
- Lelah Monteiro
- 11 de jul.
- 3 min de leitura
Quantas coisas, pessoas e histórias você está carregando que já não fazem mais sentido para quem você é hoje?
Desapegar não é abandonar sem olhar para trás. Não é ignorar sentimentos, nem fingir que algo não foi importante. Desapegar é um ato de coragem e amor próprio, que reconhece quando algo já cumpriu seu papel na sua vida.
É comum confundir apego com amor, mas são coisas bem diferentes. O amor nutre, liberta, permite que você e o outro cresçam. O apego prende, sufoca e te mantém em lugares que já não te servem, só porque o medo de soltar parece maior do que a dor de permanecer.
Por que desapegar é tão difícil?
O apego nos dá uma falsa sensação de controle e segurança. Mesmo quando sabemos que algo não faz mais bem, o medo do vazio, da solidão ou do “e se?” nos paralisa.
Você já pensou:
“Mas e se eu não encontrar alguém como ele(a)?”
“E se eu me arrepender?”
“E se eu não der conta sozinha?”
Essas perguntas são naturais. Mas muitas vezes, ficar em algo que te machuca por medo do novo é o que te impede de viver algo realmente leve e verdadeiro.
Desapegar não é perder. É abrir espaço.
Abrir espaço para o que você deseja viver, para quem você está se tornando, para novas histórias, para a sua paz.
É como arrumar um armário cheio de roupas que não te servem mais. Enquanto ele estiver lotado, você não consegue colocar nada novo ali. Mas quando você decide doar o que não te cabe mais, surge espaço para o novo — mesmo que, por um tempo, ele fique só vazio.
E tudo bem. O vazio também é um espaço de respiração.
Desapegar de pessoas: um dos maiores desafios
Quando falamos de relacionamentos, desapegar pode parecer ainda mais doloroso. Afinal, envolve memórias, expectativas, afeto.
Mas permanecer em uma relação que te faz encolher só porque você tem medo de partir não é amor. É dependência emocional.
💡 Pergunte a si mesma: “Eu estou aqui por amor ou por medo?”
Se a resposta for medo, talvez seja hora de olhar para isso com cuidado e coragem.
Desapegar de versões antigas de si mesma
Desapego também é interno. Às vezes, você não consegue avançar porque ainda está presa a uma identidade antiga: a filha que agrada, a profissional que precisa dar conta de tudo, a mulher que não pode errar.
É hora de soltar o que não te representa mais.
✨ Você não precisa continuar sendo quem foi, só porque um dia isso te serviu.
Como começar a praticar o desapego?
✅ Reconheça o que está pesando: Quais relações, hábitos ou pensamentos estão te impedindo de crescer?
✅ Agradeça pelo que foi vivido: O desapego é mais leve quando feito com gratidão, reconhecendo o que aquela pessoa ou fase te trouxe.
✅ Cuide das suas emoções: Permita-se sentir a dor, a saudade, o medo. Tudo isso faz parte.
✅ Busque apoio se precisar: Desapegar pode ser confuso e doloroso, e a terapia pode ser um espaço seguro para isso.
✅ Confie no seu processo: Soltar é parte do caminho de quem deseja uma vida mais leve e alinhada consigo mesma.
Desapegar é se abrir para o novo
Você não precisa soltar tudo de uma vez. Mas pode começar, aos poucos, a identificar o que já não faz mais sentido na sua vida. Pode dar o primeiro passo para se libertar de histórias que ficaram no passado.
E, assim, criar espaço para novas histórias, novas conexões, novas partes suas florescerem.
Desapegar é um ato de amor com quem você é — e com quem você quer se tornar.
✨ Se você sente que é hora de soltar, mas não sabe por onde começar, estou aqui para te acompanhar nesse processo.
Comentarii