Vamos falar de amor? O Dia dos Namorados como convite para (re)conectar com o que importa
- Lelah Monteiro
- há 4 dias
- 3 min de leitura
O amor, quando bem cuidado, é revolução cotidiana. Mas também é pausa. É escuta. É presença.
Na correria do dia a dia, muitas vezes deixamos o amor em segundo plano, como se ele fosse automático, garantido. E quando uma data como o Dia dos Namorados se aproxima, ela pode ser tanto um lembrete doce quanto um gatilho emocional. Porque falar de amor, sentir amor e se permitir amar envolve muito mais do que flores, presentes ou declarações bonitas — envolve história, presença emocional, disponibilidade interna e maturidade afetiva.
Vamos ampliar essa conversa?
Se você está em um relacionamento: o amor precisa de nutrição, não só de demonstrações pontuais
O Dia dos Namorados pode, sim, ser uma boa desculpa para um jantar a dois, um presente ou uma escapada romântica. Mas será que é só isso que seu relacionamento precisa?
Às vezes, o que faz mais falta é algo muito mais simples — e muito mais profundo:
Ser ouvido de verdade.
Ser olhado nos olhos, sem pressa.
Sentir que o outro se importa, mesmo sem palavras.
Voltar a brincar, sorrir juntos, construir memórias leves.
Em tempos onde tudo parece urgente, oferecer tempo ao outro pode ser o maior gesto de amor. Mais do que "celebrar o amor", talvez seja hora de cuidar do amor.
❝Relacionamentos não se sustentam apenas com amar — é preciso saber como amar, como cuidar, como crescer junto.❞
Use essa semana para criar um pequeno ritual afetivo. Uma carta, uma massagem, um silêncio compartilhado. Algo que diga: “Eu ainda escolho você.”
Se você está solteiro(a): o amor-próprio é o solo onde todo outro amor floresce
Datas comemorativas podem machucar quando a comparação entra em cena. Você pode se pegar pensando: "Por que parece que só eu estou sozinho(a)?" ou "Será que tem algo de errado comigo?"
E aqui vai um lembrete importante: estar solteiro não é estar incompleto. É estar em construção. É ter a chance de olhar pra si com mais profundidade, de reavaliar suas escolhas, de nutrir vínculos saudáveis consigo mesmo e com os outros.
A grande virada acontece quando você para de buscar amor para se preencher — e começa a oferecer amor a partir da sua abundância.
Se permita:
Sair para jantar com você mesmo.
Comprar flores para si.
Criar seus próprios rituais de afeto.
Praticar o autocuidado como expressão de amor.
A solidão pode ser dor, sim. Mas também pode ser espaço fértil para maturidade emocional. Um tempo de preparo para amar com mais consciência — sem repetir padrões, sem aceitar migalhas.
O amor nos relacionamentos (românticos ou não) também precisa de conversa sobre limites, desejos e crescimento
Nessa data, muito se fala sobre romantismo. Mas pouco se fala sobre os ingredientes que sustentam um relacionamento saudável:
Comunicação não-violenta
Respeito ao espaço do outro
Cumplicidade além da paixão
Limites bem estabelecidos
Capacidade de lidar com os conflitos sem romper a conexão
Estar com alguém é se dispor a crescer junto. Estar sozinho é crescer para, talvez, um dia poder crescer junto com alguém. Ambos os caminhos exigem coragem, presença e amor.
E se o Dia dos Namorados for, acima de tudo, um lembrete?
Um lembrete de que o amor deve ser cuidado o ano todo. Um lembrete de que estar acompanhado não é o mesmo que estar conectado. Um lembrete de que a forma como você se ama dita o tom dos amores que você permite entrar.
Não importa sua situação hoje. Há sempre um passo possível. Seja enviar uma mensagem sincera, marcar uma conversa importante, acolher um ressentimento antigo ou simplesmente se permitir ser gentil consigo.
Porque amar, no fundo, é sobre isso: cultivar presença, dentro e fora de nós.
Gostou da reflexão? Que tal compartilhar com alguém que também precisa olhar o amor com mais calma e verdade? E se quiser aprofundar essa conversa, a terapia pode ser um espaço seguro para isso.
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